Do 31 da Armada...

O primeiro post a sério deste novo espaço é dedicado à brincadeira da bandeira monárquica. Note-se desde já que o que se segue baseia-se apenas na observação, quiçá pouco atenta, do que passou nos telejornais. Posto isto, avancemos pois.

Miúdos mal comportados ou sinal de alguma coisa na sociedade adormecida de Portugal? Bem que gostaria que fosse um sinal de mudança neste país tão calminho e de tão brandos e inócuos costumes! Mas receio, para grande pena minha, que tudo não passe de uma acção inconsequente de miúdos que eventualmente até pensam por si e com ideias novas, mas que, no fim de contas, tudo não vai ser uma brincadeira para contar aos netos... Inconsequente... Engraçada, apenas... como o "apertão" dado pela a Polícia e o Estado, que deu total desprezo a esta "tropelia"!

A verdadeira essência deste acto ver-se-ia na retaliação perante o aprisionamento psicológico de um dos autores. Demonstrar que realmente há vontade de se mudar algo. Ou pelo menos, espicaçar os portugueses para defender, no mínimo, o status quo vigente. Por que creio que se amanhã Cavaco Silva saísse de Belém e cedesse o lugar a D. Duarte ( ou a qualquer outro dos pretendentes), os cidadãos deste país pouco se importariam... Tanto faz... E se o Benfica "espetar" 5-0 aos ucranianos, ainda menos ligavamos!

Estamos adormecidos! Todos... Enrolados na inevitabilidade diária! Agarradas aos escândalos sucessivos de políticos que roubam e nós assobiamos para o lado, encarando com normalidade e pensando que se lá estivessemos seríamos iguais! Olhámos para ladrões a terem todos os direitos imaginários e gritamos um dia que está mal, mas amanhã já nem nos lembramos... Protestamos que os candidatos são todos uma corja! E o que fazemos? Vamos votar neles... É triste. Muito! Vote-se em branco, não se vote, levantemos a bandeira monárquica! Mas façamos algo que chame a atenção! Mas levemos esses actos até ao fim... Por que senão tudo o que faremos será apenas mais um acto inconsequente... Como levantar uma bandeira...

Ah, caso não se saiba aquela bandeira tem que encerrar em si muito mais do que o facto de se querer um rei... É uma ideia! De mudança... De costumes... De modelos sociais! Para olharmos para cima e vermos o melhor de uma nação e da história quase milenar de um povo! Hasteemos a bandeira todos nós. Qualquer que seja ela!